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Quanto custa trabalhar em casa? Home Office pode encarecer contas em 25%


Trabalhar em home-office pode parecer vantajoso, já que, em muitos casos, o funcionário não precisa acordar cedo para iniciar as atividades e nem pegar transporte público lotado nas primeiras horas do dia.


No entanto, todo esse conforto pode resultar em gastos maiores com a conta de luz, celular, gás, internet e alimentação.

Custos do Home Office

Home-office é a nova modalidade de trabalho

Trabalhar em casa se tornou obrigatório para muitos brasileiros, devido à pandemia de covid-19, mas é importante saber que o trabalhador pode ter gastos extras.

Ficar mais tempo em casa usando equipamentos eletrônicos pode representar um impacto significativo no orçamento doméstico.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), aponta que os gastos com internet, água, alimentação e energia, crescem mais no verão, podem ficar até 25% mais altos, representando 35% do orçamento doméstico.

No entanto, saiba que o aumento pode variar de acordo com o número de pessoas em casa e da rotina de trabalho.

Um casal que trabalha em casa, por exemplo, pelo menos oito horas por dia, usando um computador desktop e um notebook, pode ter um acréscimo na conta de, cerca de, 170 KWh, equivalente a R$ 135,00 sem considerar a bandeira tarifária.

Se eles optarem por deixar o ar-condicionado ligado durante todo o experiente, o gasto dobra, com acréscimo de 340 KWh nas contas.

Bandeiras tarifárias

É importante saber que com a criação da bandeira tarifária da escassez hídrica, com o valor extra de R$ 14,20 a cada 100 KWh, a despesa pode ser maior.

Com a criação da bandeira tarifária da escassez hídrica, com valor extra de R$ 14,20 a cada 100 KWh consumidos, o incremento nas despesas pode ser ainda maior.

“Quem conseguiu sustentar a posição de trabalho ou recuperou rápido? Quem tinha condição de trabalhar em casa. Mas para garantir uma produtividade alta e a própria empregabilidade, o trabalhador acaba tendo que arcar com alguns custos, como de uma internet ágil e da conta de luz”, analisa o economista Ricardo Macedo, em entrevista ao Economia IG, afirmando que com os alimentos mais caros, também há custo maior com a alimentação dentro de casa.

O advogado trabalhista Everson Piovesan, explica que embora não haja uma norma específica que direcione quais reembolsos que a empresa tem que fazer ao funcionário remoto, a Consolidação da Leis do Trabalho (CLT) determina que o empregador tem a obrigação de custear as despesas do seu negócio.

“O indicado é que o empregador e o empregado façam um acordo, com intermédio dos sindicatos ou dos advogados antes de partir para um processo. Com o contrato em vigor, não pega bem abrir uma ação judicial”, aconselha Piovesan.

É preciso ficar atento, pois ainda há casos em que a empresa elabora um acordo de adesão se isentando do pagamento de despesas com luz e internet do home-office.

Nesta condição, o advogado explica que o trabalhador não tem a oportunidade de dizer não. pelo risco de ser demitido caso não concorde. Por este motivo, cabe processo.

“O ideal é sempre tentar conversar. Se não tiver sucesso, reúna testemunhas e guarde todos os documentos para entrar com uma ação judicial depois”, orienta.

Porque é importante saber quanto custa o trabalho remoto?

Essa medida é importante, pois as empresas que decidirem adotar permanentemente o home-office como modelo de trabalho podem precisar adequar os contratos com seus funcionários.

Em entrevista ao site 6 minutos do UOL, a coordenadora de produtos FGV IBRE, Bruna Inojosa, conta que uma lei para trabalho remoto já existe.

“Estamos vendo muitas empresas fazendo a migração para o home office, e esse movimento acelerou por causa da pandemia. Além disso, existe a lei que regulamenta o trabalho remoto, o que exigirá nova repactuação dos contratos de trabalho, alinhando custos e responsabilidades”.

Vale saber que algumas empresas já firmaram acordos com sindicatos fixando um valor de reembolso.


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Gestor de Projetos e Pessoas da WebGo Content. Especialista em SEO e novos Projetos. Formado em Relações Públicas (PUC/PR) e experiência de mais de 10 anos no Marketing Digital.