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Se você quer saber se tem direito à CNH Social e entender como esse programa realmente funciona, este texto vai te mostrar tudo o que você precisa saber.
Conseguir tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é um marco importante na vida de qualquer brasileiro. No entanto, os custos envolvidos no processo — que podem ultrapassar os R$ 2.000 — são uma barreira real para milhões de pessoas. É aí que entra a CNH Social, um programa pensado exatamente para quem mais precisa e menos pode pagar.
O que é a CNH Social?
A CNH Social é um programa público que oferece a primeira habilitação de forma totalmente gratuita para pessoas de baixa renda. O objetivo é claro: garantir acesso à mobilidade e criar oportunidades para quem está em situação de vulnerabilidade social.
A iniciativa cobre todas as etapas do processo de habilitação, desde exames médicos até a emissão da carteira, passando pelas aulas teóricas, práticas e provas.
Essa política pública ganhou reforço com a aprovação da Lei nº 15.153/2025, que autoriza o uso de recursos provenientes das multas de trânsito para financiar a habilitação gratuita. Com essa mudança, estados e municípios passaram a ter uma base legal sólida para criar ou expandir seus programas locais de CNH Social.
Vale lembrar que, apesar de ser uma lei nacional, a execução depende da adesão e regulamentação de cada estado.
Quais são os critérios para participar?
A CNH Social é voltada para pessoas em situação de baixa renda, com critérios bem definidos. Os requisitos básicos incluem:
- Idade mínima de 18 anos no momento da inscrição;
- Estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do Governo Federal;
- Renda familiar per capita de até meio salário mínimo, o que atualmente representa cerca de R$ 706,00 por pessoa;
- Saber ler e escrever, já que há uma prova teórica que exige compreensão mínima de leitura;
- Possuir CPF e RG válidos e atualizados.
Além disso, alguns estados podem incluir critérios extras, como tempo mínimo de residência na localidade, prioridade para determinados grupos (como mulheres chefes de família, pessoas negras, indígenas, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência), entre outros.
O importante é sempre conferir o edital específico do seu estado para ter certeza dos detalhes.
O que está incluído no benefício?
O programa CNH Social cobre praticamente todos os custos que alguém teria para obter a habilitação. Isso inclui:
- Exame médico e psicotécnico;
- Curso teórico completo em autoescola credenciada;
- Prova teórica no Detran;
- Curso prático de direção veicular;
- Prova prática;
- Taxas de emissão da CNH.
Em alguns estados, o programa ainda cobre até a segunda tentativa gratuita caso o candidato seja reprovado em alguma das etapas.
E mais: há casos em que a CNH Social também pode ser usada para adição ou mudança de categoria (como de B para D, por exemplo), dependendo da estrutura do programa regional.
Diferença entre CNH Social e CNH tradicional
Uma dúvida muito comum entre os interessados no programa é se a CNH Social tem alguma restrição ou diferença em relação à habilitação tradicional.
⚠️ A resposta é simples: não há diferença funcional nenhuma entre as duas.
A CNH obtida por meio do programa social tem o mesmo valor legal e é emitida pelo mesmo Detran do estado, com os mesmos dados, foto e validade.
Ou seja, a única diferença está nos custos cobertos pelo governo para quem se enquadra no programa. Você poderá dirigir legalmente em qualquer lugar do Brasil e até no exterior, conforme as regras internacionais.
É importante deixar claro que a CNH Social não limita o uso profissional da habilitação. Se você for aprovado para uma categoria que permite transporte remunerado, como D, poderá atuar como motorista escolar, de aplicativo, de van, entre outros.
Posso usar a CNH Social para trabalhar como motorista?
Sim, e essa é uma das grandes vantagens do programa. A CNH Social pode ser o passo inicial para uma nova carreira profissional. Desde entregadores de aplicativos com CNH A (moto) até motoristas de transporte escolar com CNH D, todas essas oportunidades ficam mais acessíveis com a carteira na mão.
Em um país onde muitas vagas de trabalho pedem como requisito mínimo “possuir CNH”, esse benefício não apenas garante mobilidade, mas também amplia o acesso ao mercado de trabalho.
Muitos participantes da CNH Social usam a carteira para complementar a renda, fazer transporte por app ou buscar empregos em áreas como logística e serviços.
Vale lembrar que, para trabalhar com transporte remunerado, além da categoria adequada, pode ser necessário fazer cursos complementares, como o curso de transporte de passageiros, exigido em algumas situações. Mas a CNH é, sem dúvida, o primeiro passo.

Por que o governo criou a CNH Social?
O Brasil tem milhões de pessoas fora do mercado de trabalho formal e com mobilidade reduzida por não terem como arcar com os custos de uma carteira de motorista. Com o objetivo de promover inclusão social e ampliar oportunidades, a CNH Social foi pensada para quebrar essa barreira financeira.
A expectativa é que, com a habilitação gratuita, essas pessoas possam conquistar mais independência, melhorar a renda familiar e até empreender. A política também busca equilibrar o acesso à mobilidade entre diferentes grupos sociais, incentivando a igualdade de oportunidades.
Além disso, o financiamento do programa com recursos de multas de trânsito cria um ciclo interessante: o dinheiro arrecadado com infrações volta à sociedade em forma de inclusão.
Agora que você já entendeu como a CNH Social funciona, quem pode se inscrever e o que o programa oferece, o próximo passo é descobrir se o seu estado está com o programa ativo.
Afinal, apesar da lei federal estar em vigor, cada estado tem autonomia para decidir se, quando e como vai disponibilizar o benefício.
👉 Veja a seguir se o seu estado já oferece a CNH Social e quais são as regras locais.