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Consultar o CNIS é importante, mas emitir e interpretar corretamente o extrato é o que realmente garante que você não seja prejudicado ao pedir um benefício previdenciário.
Isso porque o extrato mostra detalhes essenciais que muitas vezes passam despercebidos — e qualquer erro, omissão ou informação incompleta pode afetar diretamente o valor, ou o direito à aposentadoria, auxílio-doença, pensão e outros benefícios.
Como emitir o extrato do CNIS (passo a passo)
Emitir o extrato é simples, gratuito e pode ser feito de várias formas. A mais prática é pelo site ou aplicativo “Meu INSS”:
1️⃣ Acesse o site meu.inss.gov.br ou abra o app “Meu INSS” (disponível para Android e iOS);
2️⃣ Faça login com seu CPF e senha da conta gov.br;
3️⃣ No campo de busca, digite: “Extrato de Contribuição (CNIS)”;
4️⃣ Clique na opção correspondente e escolha o tipo de extrato desejado:
- Relações Previdenciárias: mostra vínculos e períodos de trabalho;
- Relações Previdenciárias e Remunerações: inclui os salários declarados;
- Por ano civil: ideal para planejar a aposentadoria ou conferir contribuições recentes;
5️⃣ Clique em “Gerar PDF” ou “Imprimir” se quiser o documento físico.
O que aparece no extrato do CNIS?
👉 Dados pessoais
- Nome completo
- CPF
- Data de nascimento
- Nome da mãe
- Número de Identificação (NIS/PIS/NIT)
Esses dados devem estar corretos e atualizados. Qualquer divergência pode causar atraso ou indeferimento em solicitações no INSS.
👉 Vínculos empregatícios
Para cada vínculo (ou seja, cada emprego), aparecem:
- Nome da empresa;
- CNPJ;
- Data de admissão e saída;
- Categoria do trabalhador (CLT, contribuinte individual, doméstico, etc.);
- Indicador de pendência (se houver).
📌 ATENÇÃO: Se um vínculo não estiver no CNIS, o INSS não vai reconhecê-lo até que você comprove com documentos.
👉 Remunerações registradas
Essa parte mostra o salário que foi declarado mês a mês durante o vínculo. É a base usada para calcular:
- Média salarial;
- Tempo de contribuição;
- Valor de aposentadorias e benefícios.
Verifique se o valor não é inferior ao salário mínimo da época — isso pode gerar problemas futuros.
👉 Contribuições como autônomo, MEI ou facultativo
Se você não é CLT, mas contribui com GPS (guia de pagamento), essas contribuições também aparecem no CNIS.
Veja se:
- O valor pago está correto;
- A competência (mês) está correta;
- Não há lacunas de contribuição.

Como interpretar e analisar o extrato
🔸 Vínculos e datas
Verifique se:
- Todos os empregos que você teve estão registrados;
- As datas de entrada e saída estão corretas;
- Não há duplicidades ou ausências.
🔸 Remunerações
Compare com seus holerites. Um erro comum é a remuneração registrada abaixo do real, o que impacta negativamente no valor do benefício.
🔸 Tipos de contribuição
Autônomos e MEIs devem conferir se as contribuições estão atribuídas ao CPF correto e se estão valendo como tempo de contribuição, e não apenas como “recolhimento sem vínculo”.

Como salvar e usar o extrato
Após gerar o extrato:
➡️ Salve o arquivo em PDF em um local seguro;
➡️ Imprima, se for necessário apresentar presencialmente no INSS;
➡️ Use como base para:
✅ Planejar aposentadoria;
✅ Dar entrada em benefício;
✅ Pedir revisão;
✅ Fazer acerto de vínculos.
Dicas práticas ao analisar seu CNIS
✔️ Anote os períodos de cada vínculo e compare com sua carteira de trabalho;
✔️ Crie uma planilha com valores de salário registrados;
✔️ Guarde os comprovantes de contribuição (especialmente GPS, para autônomos);
✔️ Se notar algum erro, já separe a documentação que comprove a informação correta.
Emitir o extrato do CNIS é simples e pode ser feito online, mas entender o que está no documento é essencial para garantir seus direitos. Vínculos ausentes, datas erradas ou salários inconsistentes podem comprometer sua aposentadoria.
Na próxima página, você vai aprender como fazer o acerto do CNIS e corrigir os erros detectados — inclusive online, sem sair de casa.
